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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

(Aulas nº 61 e 62)

O empirismo de David Hume

DA ORIGEM DAS IDEIAS

(Resumo do texto do Stor)
Existe uma diferença entre as percepções da mente. Quando um homem traz à memória uma sensação passada ou antecipa a sensação com base na imaginação, nunca essa percepção do sentido pode ser como o sentimento original, mesmo que actue com o maior vigor.

Uma percepção similar prevalece em todas as outras percepções da mente, ou seja, nunca é igual estarmos a sentir no momento a emoção e imaginarmos a emoção ou relembrarmos, por muito idêntico que revejamos a situação, nunca é igual à situação original, há sempre qualquer coisa que difere ou “escapa “.


Pode-se dividir as percepções em duas classes: nos pensamentos ou ideias e nas impressões.
Os pensamentos ou ideias são percepções menos intensas e vivas.
As impressões são todas as percepções mais vivas (Ex.:quando ouvimos, vemos, sentimos, amamos, odiamos, desejamos ou queremos).


O pensamento humano pode ser á primeira vista considerado o que de mais livre temos, pois podemos imaginar e pensar sem limites impostos quer pela natureza quer pela realidade, ao contrário do nosso corpo que se limita. O que imaginamos e pensamos pode, apesar de tudo, conceber-se desde que não haja nada que contrarie essa concepção.


Mas não é assim tão linear a situação pois o pensamento encontra-se confinado a limites muito estreitos e este poder criador da mente só pega em por exemplo duas ideias com as quais já estávamos familiarizados e as compõe, transpõe, aumenta ou diminui.
Concluindo, todos os materiais do pensamento são derivados da sensibilidade externa ou interna, e a sua unificação pertence apenas à mente e à vontade.
As ideias não são nem mais nem menos do que cópias das nossas impressões.


Uma prova disto é que quando analisamos os nossos pensamentos ou ideias, descobrimos que elas se resolvem em ideias tão simples como se fossem copiadas de uma sensação ou sentimento precedente, ou seja, toda a ideia é copiada de uma sensação similar.


Uma pessoa com um determinado padrão (que nunca sentiu, ouviu, viu, etc. - conforme a deficiência ou maneira de ser) não consegue formar ideias que vão de encontro com o problema/ deficiência/ maneira de ser que tem.
A única maneira de as ideias terem acesso à mente é através da sensibilidade e das sensações efectivas.



Mas, há um fenómeno contraditório que pode provar que não é totalmente impossível surgirem ideias independentes das suas impressões correspondentes.

Nós sem grande esforço distinguimos as ideias de cor que são diferentes e mesmo que semelhantes, logo com as suas matrizes deve ser igual. Cada matriz produz uma ideia distinta, independentemente do resto. Por exemplo… Se uma pessoa vê, desfruta da sua visão, se familiariza com as cores, excepto uma matiz de amarelo e depois cega, de seguida são lhe apresentados diferentes matizes dessa cor do mais escuro para o mais claro, é lógico que haverá um “buraco” onde essa cor falta e tem consciência de que nesse lugar há, entre as cores contíguas, uma distância maior do que em qualquer outro.

É possível que a pessoa através da sua imaginação preencha o “buraco” e suprima tal deficiência, chegando por si mesma à ideia desse matiz particular.

Ou seja , as ideias simples nem sempre são derivadas das impressões correspondentes, apesar de o exemplo ser demasiado singular que não alterar a máxima geral,mas a realidade é que é possível à pessoa chegar à ideia da matiz sem a mesma lhe ter sido transmitida pelos sentidos.

As ideias estão sempre sujeitas a confundirem-se com outras semelhantes, nós “acrescentamos-lhes” sempre qualquer coisa.

Enquanto as impressões são fortes e vivas, os seus limites são determinados, tornando difícil o cair em erro.

Quando desconfiarmos que um termo filosófico é empregue sem um significado ou ideia. Basta perguntar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível salientar alguma, teremos a suspeita confirmada.


Concluindo

Relembrar uma sensação passada ou antecipá-la com base na imaginação, não é igual à percepção do sentido original.


Pode-se dividir as percepções em duas classes: nos pensamentos ou ideias(menos intensas e vivas) e nas impressões (percepções mais vivas).

O pensamento humano não é assim tão livre pois sujeita-se a limites muito estreitos, pegando em por exemplo duas ideias com as quais já estávamos familiarizados e as compõe, transpõe, aumenta ou diminui.

• As ideias são cópias das nossas impressões.

As ideias simples nem sempre são derivadas das impressões correspondentes, apesar de o exemplo ser demasiado singular para alterar a máxima geral.

As ideias estão sempre sujeitas a confundirem-se com outras semelhantes.
Enquanto as impressões são fortes e vivas, os seus limites são determinados, tornando difícil o cair em erro.

Quando desconfiarmos que um termo filosófico é empregue sem um significado ou ideia. Basta perguntar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível salientar alguma, teremos a suspeita confirmada.

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