“Sem a sensibilidade nenhum objecto seria dado, sem o entendimento nenhum seria conhecido e o conhecimento não seria possível. Pensamentos sem conteúdos são vazios; intuições sem conceitos são cegas”
Crítica da Razão Pura, Kant
“Todo o conhecimento humano começou com intuições, passou daí aos conceitos e terminou com ideias”
Crítica da Razão Pura, Kant
Será que a limitação do conhecimento nos satisfaz?
A razão deseja explicações definitivas, absolutas.
O entendimento ao explicar os fenómenos, encontra como causa de um fenómeno sempre outro fenómeno, nunca atingindo, já que não ultrapassa o plano dos objectos espácio-temporalmente enquadrados, a causa última e incondicionada de todos os fenómenos.
- A vontade do conhecimento absoluto, exige que não fiquemos pelo que é condicionado e que encontremos o que é incondicionado.
- Isso não quer dizer que o incondicionado exista ou se possa alcançar.
- A razão forma a ideia de Deus. Isso traduz o desejo de absoluto e nada mais.
- A ideia de Deus vai ser útil à actividade científica do entendimento.
Regula (estabelece uma regra) a actividade cognitiva do entendimento.
Esta regra diz o seguinte:
“Conhece como se fosse possível atingir o conhecimento absoluto”
- O conhecimento absoluto é um ideal irrealizável, contudo querer realizá-lo tem consequências positivas:
· Considerará provisórios todos os conhecimentos
· Não se satisfará com as explicações alcançadas
· Progredirá no conhecimento do mundo dos fenómenos como se um dia fosse possível explicá-los definitiva e totalmente
· Consubstancia o desejo do cientista que é o de encontrar a chave que decifre o enigma que é o universo e não só este ou aquele aspecto do universo.
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