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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

(Aulas nº 63 e 64)


Os conhecimentos de facto e a relação de causalidade

Os conhecimentos de facto baseiam-se sobretudo no raciocinio indutivo e na relação causa-efeito. O nosso conhecimento do mundo consiste essencialmente em descobrir as causas de certos efeitos.

Ex:Um determinado aumento de temperatura(A) é a causa da dilatação de certos corpos (B).

Temos em cada proposição uma relação de causa-efeito. Um dos acontecimentos é causa (A) e outro é efeito (B).

Uma relação causal ou de causalidade é uma conexão ou ligação necessária entre acontecimentos.
Quando nós dizemos que (A) é causa de (B), é o mesmo que dizer que sempre, em que em certas condições, acontece (A) sucede (B).
Ou seja (A) produz (B), (B) não existeria sem (A).
Consequência directa da conjunção constante ou sucessão regular de (A) e de (B), forma-se a ideia de relação causal como conexão necessária.
Quando (A) se dá, acontece (B), fazendo-nos pensar que sempre que acontece (A), acontece necessáriamente (B).


Mas será que temos experiência desta ideia de conexão necessária?
Quando se diz que acontecendo (A), acontece (B), estamos a falar de um facto futuro.
Hume diz que o conhecimento dos factos reduz-se às impressões actuais (presentes) e passadas, pois não se pode ter conhecimentos de factos (impressão sensivel ou experiência) do que ainda não aconteceu(futuros).

Como nasce a ideia de uma conexão ou ligação necessária entre causa-efeito?
Nós devido ao hábito de sempre ter acontecido algo (de algo ser sempre causa e o outro efeito) partimos do principio de que o primeiro é causa do segundo, estabelecendo uma relação de causa-efeito, que não é nem mais nem menos do que fruto da nossa mente (psicológico) e não experimental.

David Hume é um céptico mitigado (atenuado) pois ele não nega a existencia de relações de causa-efeito, por e simplesmente, afirma que não podemos racionalmente justificar uma tal crença.
Pois, caso contrário, a dúvida universal e permanente comandaria a nossa vida tornando-a angustiante e atrofiaria as nossas acções.

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